De olho no Congresso

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Eleicoes congresso

Em 2014, teremos mais uma campanha eleitoral em que as pesquisas, as principais notícias e as atenções se concentrarão na batalha entre a presidente Dilma e seus futuros adversários. Em segundo plano, fica o fato de que no ano que vem ocorre a renovação de um terço do Senado, além da eleição dos representantes na Câmara Federal. A disputa ao principal cargo executivo obscurece uma coisa importantíssima que é justamente a formação das bancadas.

O papel que deveria ser exercido por deputados e senadores tem imensa importância, às vezes igualando-se àquela dos governantes. Basta lembrar que grande parte das reinvidicações das ruas, em junho, era dirigida ao representantes no Congresso. Quatro meses depois, pergunto o que foi feito? Mesmo que os governadores e a presidente tivessem pressionado por medidas que respondessem pleitos de todos, o poder de transformá-las em leis passaria pelo legislativo. Logo, a pressão popular deveria se dirigir a esse Poder. No entanto, o que vemos é somente a discussão sobre os candidatos à presidência e aos governos estaduais.
Ao ex-presidente Lula pode ser atribuída à responsabilidade por deslanchar antecipadamente a campanha pela reeleição da presidente Dilma em março de 2013, segundo alguns, supostamente para esvaziar o movimento “Volta Lula”. Isso não o impediu de demonstrar, na semana passada, a dimensão de sua soberba e pouca educação com a frase “Se me encherem o saco, volto em 2018”.
Tenho comigo a convicção de que os eleitores ainda não se deram conta da importância das próximas eleições, em que teremos os seguintes players em cena:
1) O PT, partido no governo central, com um grande projeto de poder, que hoje sofre imenso questionamento;
2) O PMDB, que nunca foi o executivo principal nos últimos dezenove anos, mas que já demonstrou para todos que ninguém governa sem ele;
3) A oposição, representada pelo desunido, mas forte PSDB, pelo combalido DEM, e pela “noiva pobre” PPS, quase inoperantes, dado o rolo compressor da base aliada do governo no Congresso, excetuando-se vozes isoladas quando no executivo de algum estado ou município importante.

eleições V

Esse quadro está levando a mais uma disputa que o eleitor brasileiro não gosta, não entende, e não se interessa, mas é a que mais o atinge. Como colocado anteriormente, quem conseguir maioria nas Casas Legislativas, realmente governa, quem não conseguir, será obrigado a alianças que normalmente desvirtuam programas e enganam eleitores. E o que se viu até hoje é que a imensa base do governo no Congresso é infiel, interesseira e pode ser comprada.
No final das contas, valeria a pena dedicar mais atenção na escolha dos candidatos a deputado estadual e federal, e também aos futuros senadores, a fim de não reproduzir casos passados de campeões de voto que não levam a nenhum progresso, como Tiririca, Clodovil, ou mais antigo Cacique Juruna.
Quem foi às ruas em busca de mudanças tem obrigação de conhecer bem os antecedentes de seus candidatos e escolher entre nomes com boa folha corrida de trabalho, preparados para exercer o cargo com responsabilidade.
Chega de fenômenos que não levam a nada. O Brasil não pode mais suportar clãs como os de Sarney, Calheiros, Barbalho. Não há espaço para subcelebridades. Não há espaço para quem quer fazer menos do que já é feito. Esta é a hora de agir e renovar 90% de todas as Assembleias Legislativas, da Câmara dos Deputados e do Senado.

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