“Quem canta, seus males espanta” diz o ditado popular. Pelo meu lado, eu afirmo: Quem dança, seus fantasmas assusta! E a lista que se segue é daquelas capaz de botar qualquer defunto pra levantar e balançar o esqueleto. Nessa daqui não vale rostinho colado.
Pode parecer presunção, mas considero que minha geração – a turma com 50+ — foi privilegiada. Pegamos quase todos os tipos de música e conhecemos a liberdade de movimentos, sem passos marcados, que excluíam da festa os sem-rítmo. Foi a grande mudança dos anos 1970, eu diria, um som que permitia que se dançasse separado com movimentos criados por cada um, desde que a música convidasse para a pista.
E não faltava variedade sonora para que tivéssemos vontade de sair pulando no minúsculo espaço das salas de nossa casa e de amigos, ou das boates com globos brilhantes, sirenes e fumaça de gelo seco. Mesmo dançando separado, escolhíamos os pares preferidos, cujos passos combinavam com os nossos. Junto ou separado, de rosto colado ou a metros de distância, havia sempre magia.
E quais são as músicas que te tiram da cadeira, do sofá, da pasmaceira, em qualquer lugar, sem importar o ritmo, que te fazem cantar alto e sem se importar se é afinado ou não?
Aí vão as minhas, sem ordem de preferência, mas com vontade de dançar:
- Twist and Shout – Beatles. Impossível resistir ao coro. Um twist mais lento onde todos se esbaldam.
- Satisfaction – Rolling Stones. Outro coro que não pode faltar nas festas.
- Johnny B. Goode – de Chuck Berry, em versão com Bruce Springsteen que também toca fogo na pista com a guitarra e o refrão. Redescoberta em De Volta Para o Futuro em cena memorável.
http://www.youtube.com/watch?v=-7PbKNzr8_8
- September – Earth, Wind and Fire. Nas boates, esses metais eram de atordoar a cabeça de qualquer um.
- Dancing Queen – Abba. Negue que nunca dançou? Um clássico dos tempos da disco music, virou música de casamento, como dizem minhas filhas, mas todo mundo vai pra pista, dança e canta!
- Your Song – Billy Paul. Fez tanto sucesso que muitos não sabem que a música é do Elton John e é completamente diferente. O bom desta música é que até aqueles mais tímidos podem ficar no pezinho pra cá, pezinho pra lá. A pista fica cheia.
- Um Certo Alguém – Lulu Santos. Virou um clássico de qualquer festa a partir dos anos 1980, puxa coro forte e todo mundo sabe a letra.
- You’re the first, the last, my everything – Barry White. Um clássico de tudo. Sem palavras, só dançando…
- Night Fever – Bee Gees. Para a minha geração uma marca, com ou sem coreografia, cantando ou não. Essa é inesquecível para muita gente.
- Não quero Dinheiro – Tim Maia. Impagável, sem palavras, pista lotada, todo mundo sabendo a letra, para animar bailarinos de qualquer idade.
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