A Petrobras tentou pelo lado da receita e não conseguiu, então partiu para o corte de despesas, e anunciou um PDV (Programa de Demissão Voluntária) que pretende reduzir 8,5 mil empregados da sua folha de pagamentos. Mesmo que alcance seu intuito, continuará com uma relação muito ruim entre barris produzidos por funcionário. Sairá de algo como 30 barris por funcionário/ano para 33, enquanto a maior do mundo Exxon tem uma relação de 55. Lamentável o que está acontecendo com a maior empresa do país.
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Os primeiros números da Balança Comercial do mês de janeiro são de dar dó. Até o dia 17 de janeiro, o déficit era de 2,05 bilhões de dólares, e entre 10 e 17 do mês cresceu 1.5 bilhões. Convido a todos a comprarem seus ingressos, pois as explicações devem render um excelente espetáculo. O que dizer? Torço para que melhore muito, mas está difícil.
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À medida que a Copa do Mundo se aproxima, os problemas cantados em prosa e verso vão se concretizando. Sem aeroportos preparados, sem mobilidade urbana preparada e ainda com um possível colapso digital nas cidades-sede, em dias de jogo. Mas um assunto me deixa intrigado. Por que não conseguimos fazer um serviço bom? Não peço de excelência, mas simplesmente bom! Tudo é “nas coxas”, tudo é “meia-boca”, será que jamais seremos medianamente sérios?
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O IBGE tirou mais uma dúvida das pessoas que voltaram a questionar os dados contraditórios do governo. Cada indicador de desemprego abaixo de 5,5% era comemorado com fogos de artifício em Brasília, enquanto o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) precisava de mais dinheiro do Tesouro Nacional para pagar o auxílio-desemprego. Algo de muito errado estava acontecendo. Finalmente, o IBGE esclareceu que 4,9% de desemprego ao final de 2012 era 6,9%, e que 5,6% e 5,9% dos primeiro e segundo trimestres de 2013 eram 8% e 7,4% respectivamente. Será que alguém continuará acreditando nos dados do governo?
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Um indicador entrelaçado no outro. Enquanto a inadimplência recua pela primeira vez em catorze anos — um fato importante e positivo, mesmo que pequeno — a geração de empregos teve seu pior desempenho em dez anos. Seria uma demonstração de um pouco mais de responsabilidade por parte do trabalhador, e realmente é. Espera-se em 2014 uma maior geração de empregos. É um ano eleitoral. Só espero a mesma responsabilidade com o crédito. Mas ninguém merece um ministro do Trabalho capaz de produzir verbalmente uma quantidade absurda de bobagens como o atual ocupante da pasta!