Sobre os tetos de Paris

0 Flares Twitter 0 Facebook 0 Google+ 0 LinkedIn 0 Email -- 0 Flares ×

torre

Centenas de minúsculos pontos cintilantes, a perder de vista. Não eram estrelas, muito pelo contrário, estavam a 125 metros abaixo de mim. Desenhavam na noite o contorno do Sena, das pontes, dos jardins de Trocadero, por trás das janelas envidraçadas, por entre os vãos da estrutura icônica de metal. “Cidade-Luz”, como é conhecida. Para a minha mãe, era apenas a cidade mais linda do mundo. Eu só tinha olhos para Paris, praticamente ignorando o intrincado balé de garçons, ajudantes e sommeliers que se desenrolava à minha volta. Era verão, e a temperatura no interior do Jules Verne, restaurante no segundo andar da Torre Eiffel, estava agradável, apesar do paletó e gravata que obrigatoriamente precisei usar.

De quando em quando, minha contemplação era interrompida pelo espocar de garrafas de champanhe, pela movimentação do garçom abrindo mais uma garrafa de vinhos. Perfumes agradáveis tomavam conta do ar. Tudo era perfeito, mágico até. Impulsivamente, peguei o celular e liguei para minha mãe, que estava no Brasil. Para seu encantamento, expliquei cada detalhe dos pratos, da arrumação dos talheres, dos copos, da mesa, da vista e da iluminação. Por alguns minutos, compartilhamos do mesmo assombro.

Desde 2007, o restaurante sofreu uma grande reforma e passou a ser administrado pelo estrelado chef Alain Ducasse. A visita foi bem antes disso e não me lembro mais do que comi, do vinho que bebi. Mas Paris iluminada, vestida de gala para noite-criança, não me sai dos olhos.

torre2

Para curtir a experiência, é imprescindível fazer reservas no SITE DOS RESTAURANTES DA TORRE EIFFEL

 

0 Flares Twitter 0 Facebook 0 Google+ 0 LinkedIn 0 Email -- 0 Flares ×

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *