Tudo em gotas 7

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Tudo em Gotas 7 II
Apesar de todo o esforço do Banco Central para “controlar” o dólar, ou pelo menos garantir que empresas que necessitem de cobertura façam isso sem problemas, 2013 terminou com uma saída de 12,3 bilhões de dólares, no pior resultado desde 2002, ano em que se desconfiava muito do que o PT faria no governo. Esse desempenho negativo não se via desde 2008, ano principal da crise financeira global. A expectativa da redução do QE3 por parte do FED e a desconfiança do investidor externo quanto à economia nacional foram os principais fatores. Para 2014 não se deve esperar nada de muito diferente. Eu diria até que esse valor negativo de 2013 seria piso.
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A Balança Comercial em 2013 foi positiva em 2,5 bilhões de dólares, uma queda espetacular em relação aos 19,4 bilhões de 2012. Se as importações de petróleo contabilizadas em 2013 para não prejudicar o resultado de 2012, atrapalharam bastante, outra operação, também da Petrobras, livrou o país de um déficit. Uma operação legal e conhecida pelo nome de Repetro proporcionou 7,73 bilhões de dólares sem que houvesse nenhuma transação comercial efetiva. A Petrobras vende plataformas de petróleo para uma subsidiária sua na Holanda, que as aluga de volta para a própria empresa. Não fosse isso a Balança Comercial seria deficitária em mais de cinco bilhões de dólares. Apesar da projeção de oito bilhões de superávit para 2014, todo o cuidado é pouco. Recursos como esses poderão e deverão ser usados sempre.
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A inflação de 2013 ficou acima daquela de 2012, acima das projeções do mercado, e é óbvio acima da expectativa do governo. Apesar disso, o governo ainda gastou 29 bilhões de reais em subsídios e ainda não fechou a conta do prejuízo da Petrobras que subsidia o combustível no mercado interno. Sendo assim, além dos preços livres que subiram mais de 8% em 2013, o governo tem muito pouco espaço para controlar a inflação em 2014 nos preços públicos, pois mais uma conta dessas para o Tesouro Nacional terá efeito direto na redução da classificação de risco do país.
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Tudo em Gotas 7 I
Em mais uma manobra digna do atual governo, o superávit primário de dezembro foi conseguido também por meio do não repasse a estados e municípios de verbas que lhes são destinadas. O cálculo é que o governo repassará só em 2014 cerca de três bilhões de reais que deveriam ter seguido entre novembro e dezembro para estados e municípios. Realmente haveria alguém que ainda confia na administração econômico-financeira deste país?

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Não sei se é bom o Banco Central elevar as taxas de juros em 0,5pp como fez ontem o COPOM. Será o BC o único responsável? Será que o BC está assustado? E o ministro Mantega que permanece dizendo que tudo está sob controle e a inflação, “na meta”.

Muito bem, fico com o senso de responsabilidade dos dirigentes do BC que  são isentos de interesses eleitorais e cujo compromisso reside exclusivamente com a técnica e com seus nomes, pois a qualquer  momento podem sair da instituição.

Então apertem os cintos, pois 2014 pode ser bem pior do que o imaginado

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