Tudo em gotas 16

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Gotas 16 I

Conforme esperado o governo elevou o imposto de bebidas fabricadas no país, excetuando refrigerantes e água mineral. A medida, de acordo com a Receita Federal, elevará a arrecadação em média de 200 milhões de reais. De maneira alguma essa receita irá ajudar nas despesas do setor de energia. No entanto é o start para outros aumentos esperados para algumas importações de bebidas alcoólicas e cosméticos nacionais e importados. Da mesma forma irão elevar a arrecadação, mas não o suficiente. Do lado do consumidor, esses setores têm preços livres, logo o repasse fica a cargo do fabricante e do importador.

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A Balança Comercial de março fechou com um superávit de 112 milhões de dólares, o pior resultado desde março de 2001. As contas externas continuam à margem do grande noticiário, mas as expectativas de melhora em relação ao ano passado estão praticamente afastadas. A preocupação agora é com uma deterioração maior. O governo se mostra tranquilo em função da entrada de recursos externos no mês de março, mas cerca de 60% dos investimentos foram para a renda fixa e renda variável. O tipo de recurso que entra e sai a qualquer instante. O mesmo que o governo, quando era oposição, chamava de especulativo.

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Quatro notícias entre sexta-feira passada e a última terça-feira dão a medida de quanto o governo está pressionado em termos de inflação. Na sexta-feira (28) o ministro Mantega disse que a inflação não “estoura” a meta. Bem ministro, a meta é 4,5% e está estourada há algum tempo. Os dois pontos são tolerância e há perigo sim, e é grande. Na segunda-feira (31) o relatório Focus elevou a projeção do IPCA para 6,3%. Ainda no mesmo dia, após a presidente da Petrobras ter dado entrevista colocando que pode haver um reajuste dos combustíveis em 2014, fontes do governo descartaram essa possibilidade. Motivo: sem espaço na inflação. Logo, se joga a Petrobras aos porcos. Finalmente, o IPC-S medido pela FGV em sete capitais fechou março a 0,85% contra 0,66% em fevereiro e em doze meses acumula 6,09%. O cerco está se fechando e não há o que fazer. Culpa da S&P, não é presidente?

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Em fevereiro o governo central apresentou superávit primário de 2,13 bilhões de reais. Este valor não considera as estatais, incluindo as grandes, Banco do Brasil, Eletrobras e Petrobras. O valor foi positivo em função das operações do BC no mercado financeiro para reduzir a volatilidade do câmbio. A autoridade monetária teve resultado positivo de oito bilhões de reais. Isto quer dizer que, como não é a atividade fim do BC fazer estas operações, o governo na realidade não economizou nada. Continua a torneira aberta, apesar do ministro Mantega e do secretário do Tesouro, Arno Augustin teimarem que o país alcançará 1,9% do PIB de superávit primário. Quem sobreviver verá!

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