Sempre me ensinaram a ter esperança, mas até quando terei de ficar à espera da esperança?
O imponderável é sempre um susto.
Prefiro a dúvida. A certeza me aprisiona, me limita.
Nunca me preocupei que mexessem no meu queijo; me importa se o comerem. Aí tem briga.
A fidelidade está implícita. Não é pergunta que se faça. Melhor sozinho.
Quando amar, ela sempre saberá. Serei direto: — Moça te amo!
Por várias vezes disse “nunca” e voltei atrás. A vida nos dá chances.
Nas ocasiões em que puxei uma carta que dizia “volte duas casas”, logo pensei em como jogar os dados e pular três na próxima jogada.
Li que era para insistir. Preferi pensar e fazer diferente.
Mesmo sabendo por onde seguir, tive paciência de não precipitar a vida. Ela é que algumas vezes me atropelou.
O medo estanca, paralisa, embota, empaca, bestifica. Superá-lo é tarefa diária de quem lhe tem respeito.
Ver o próprio desespero espelhado no outro é a manifestação mais cruel da desesperança. Nunca queira sentir isso.
Quando me dizem “olha pelo meu ângulo”, a resposta é sempre a mesma: “Não quero ser você; bastante satisfeito como sou”.
Normal e anormal não existem. Cada um do seu jeito — isso existe.
Experimentei a entrega por inteiro, me senti inseguro. Preciso ter algum controle sobre minha vida.
Não temo a espera, desde que seja por decisão minha. Parar também é uma forma de viver.
Nada substitui uma boa música, um bom filme, um bom livro. Só fica melhor se for com você.
Lembro-me de gostos, cheiros, e paisagens, mas o que tenho presente, guardado para sempre é seu sorriso ao final de cada beijo.
Flertes, incontáveis; paqueras, inúmeras; namoros, alguns; amor, só um. Pena que você não corresponda.
Todas as noites, solitário, com o pensamento em você. Nunca durmo sozinho.
Não peço permissão para sonhar com você, mas nem toda noite consigo. Quem tem esse poder é o coração que combina com o meu sono de me dar esse prazer.