Há setenta anos, a notícia da rendição incondicional das tropas nazistas na Europa levou milhões de pessoas às ruas em Nova York, Londres, Paris e muitas outras cidades. A Segunda Guerra Mundial, porém, ainda não estava encerrada. A disputa com o Japão prosseguiria na região do Pacífico e só terminaria mesmo em agosto, depois das bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagazaki.
Tanto tempo decorrido, torna-se difícil até imaginar o impacto de um conflito de tais proporções no cotidiano das pessoas comuns, do cidadão que viveu a blitz em Londres, os bombardeios em Dresden, a ocupação nazista em Paris, o racionamento de alimentos em muitos lugares e a pura e simples devastação. Leitura recomendadíssima é Inferno: o mundo em guerra 1939-1945 (Editora Intrínseca) , do jornalista britânico Max Hastings, que traça um vasto painel da Segunda Guerra Mundial em todas as linhas de frente, com enfoque na experiência humana, a partir de cartas, diários e memórias. Mais do que sequência de eventos e batalhas, o livro revela para o leitor do século XXI como foi viver, lutar e morrer em um mundo em guerra.
Para lembrar a data, publicações do mundo inteiro trazem artigos que lembram o fim do conflito.
A GUERRA ACABOU – GALERIA DE IMAGENS DA NBC NEWS
No link acima, encontram-se registros contundentes da celebração nos Estados Unidos e na Europa. A foto de Paris que ilustra este post pode ser encontrada lá.
Nos arquivos da revista Life, também se encontram imagens marcantes, que dão uma ideia da dimensão do momento. Veja só a concentração dos novaiorquinos lendo os jornais do dia.
FOTOS DOS ARQUIVOS DA REVISTA LIFE
Finalmente, o Wall Street Journal (em inglês) publica uma tocante reportagem que revela que voluntários russos, todos os anos, aproveitam a chegada da primavera em busca dos restos mortais de soldados do exército soviético. Estima-se que a então União Soviética perdeu mais de 20 milhões de cidadãos, entre civis e militares.
RUSSOS CONTINUAM A PROCURAR SEUS MORTOS NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL – WALL STREET JOURNAL